
O metrô é não mais que a estrada moderna; oras, se a vida acontece na estrada, a vida acontece no metrô; é na estrada que crescemos, viver é crescer, sob o desconforto do caminho aprenderemos o que não nos poderia ser ensinado na solidão de nossos claustros, sobre o calor do trilhos e dos asfaltos a vida irá expor os desafios, nas encruzilhadas esconder-se-ão nossos demônios e nas ruas que aquelas pedrinhas chatas irão instalar-se dentro de nossos sapatos, será onde perderemos as botas, onde encontraremos outras, melhores, piores, azuis talvez; o metrô é vida condensada, ou sociedade condensada pelo menos, um lugar de convivência forçada, um laboratório, um lugar para evidenciar males, um lugar corriqueiro, um lugar para pensar, um lugar para ler, um lugar para encoxar terceiros; o metrô é um símbolo, o metrô é uma potência, o metrô é um fato, o metrô não é o metrô, o metrô é o que eu quiser que seja, o metrô é meu, o metrô é teu, melhor, o metrô é nosso, fica combinado assim.
Me deixou com vontade de andar de metrô...
ResponderExcluiralém do metrô não se esqueça do bonde e da maria fumaça... estes sendo princípio desse, também como micro-cosmos carregadores de gente. o metrô nem é tão moderno assim ...
ResponderExcluirOkay, mas qual a relevância disso para o texto? Qual a diferença, para o texto, de o objeto de partida ter sido um metrô ao invés de um bonde?
ResponderExcluirNão estou falando exatamente do metrô, não faz diferença se é um metrô, um avião, um bonde ou um camelo, sacou? ;]
Obrigado pelo comentário!